" ... os Adventos Crísticos propõem não apenas unir os homens, mas conduzi-los à unicidade do Cristo-Pai em que se busca conscientemente a eterna ventura espiritual... " (in Adventos Crísticos-Visão Espiritualista do Cristianismo renovado - Adolfo Marques dos Santos)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

785 anos... depois de Francisco de Assis

C. E. U. – CENTRO ESPIRITUALISTA UNIVERSALISTA – HILEL
(trabalho apresentado na 5ª.feira dia 6 de Outubro de 2011)

 

785 anos… depois de Francisco de Assis

Sagradas Fileiras
Francisco de Assis em conjunto com o Velho Mestre (por estarem na mesma hierárquia), são os mestres responsáveis pelo Planeamento dos ADVENTOS, recebendo as orientações do Grão-Mestre dos ADVENTOS, Jesus ( in Adventos Crísticos – Sua Renovação no Vigésimo Século).

Sermão das aves
Certo dia, Francisco saiu para uma missão com os seus discípulos. Entre Cannara e Bevagna, num local silvestre, onde havia um pequeno descampado e ao redor muitas árvores de todas as espécies.
Em cima das árvores, voando em revoadas e espalhadas pelo chão no descampado, muitas aves, cantavam e confraternizavam com grande alarido.
Francisco disse aos discípulos:
“Esperem um momento, vou pregar às nossas irmãs aves!"
Entrou no campo indo de encontro às aves que estavam no chão, e mal começou a pregar, as que estavam nas árvores desceram.
Nenhuma se mexia, embora ele ao andar passasse perto e mesmo chegasse a roçar nelas com a extremidade da sua veste!
E dizia às aves:
Minhas irmãs aves, vocês devem muito a Deus, o Criador, e por isso, em todo lugar que estiverem devem louva-Lo, porque Ele vos permitiu que voassem para onde quisessem, livremente, da mesma forma que devem agradecer o alimento que Ele vos dá, sem que para isso tenham que trabalhar; agradeçam ainda a bela voz que o Senhor vos proporciona, que vos permitem realizar lindas entoações! Vejam, minhas queridas irmãs, vocês não semeiam e não ceifam. É Deus quem vos apascenta, quem vos dá os rios e as fontes, para saciar a sede; quem vos dá os montes e os vales, para o vosso refúgio e lazer, assim como vos dá as árvores altas, para fazerem os ninhos.
Embora não saibam fiar e nem coser, Deus vos concede admiráveis roupas para todas vocês e para os vossos filhos, porque Ele vos ama muito e quer o bem estar de vocês. Por isso, minhas irmãs, procurem sempre esforçarem-se em louvar a Deus.”

Acabando de dizer-lhes estas palavras, todas as aves num gesto quase uniforme, começaram a abrir os bicos e a esticar os pescoços, à medida que abriam as asas e inclinavam reverentemente a cabeça até a terra, cantando, demonstrando assim que Francisco lhes havia proporcionado uma grande satisfação!

Finalmente, Francisco fez-lhes o Sinal da Cruz e deu-lhes licença para se retirarem.
Então, todas aquelas aves levantaram-se no ar com um maravilhoso canto, e dividiram-se em revoadas e desapareceram atrás das colinas e das matas.

Conta-se que, dias depois, Francisco foi em companhia de Frei Massau a um lugarejo chamado Alviano, entre Orte e Orvieto.
Pararam na praça do Mercado e como sempre, cantaram uma melodia com versos que convidavam a conversão do coração, com a finalidade de reunir o povo.
Depois começou a pregar. Entardecia.
As andorinhas que ainda hoje fazem ninhos nos altos muros e nas torres das construções, voavam de um lado para outro em ciclo contínuo, cantando forte e de modo quase uníssono.
Os habitantes do lugarejo que se comprimiam ao redor para ouvir a palavra dele, não conseguiam entender quase nada, porque o barulho das andorinhas era muito intenso.
Então, Francisco com a maior tranquilidade, olhou para elas e com muita doçura disse:
“Irmãs andorinhas, parece-me que agora é minha vez de falar. Já cantaram e falaram bastante! Escutem, agora, a palavra de Deus e fiquem silenciosas enquanto eu falo!”
            Elas pararam e fizeram um grande silêncio, por todo o tempo que ele falou.

 A morte de Francisco de Assis
Quando percebeu que estava próximo de morrer, mandou que o levassem para a sua pequena cela na Porciúncula.
No Sábado dia 3 de Outubro, Francisco vivia os seus últimos momentos.
Ao entardecer começou a cantar o Salmo 141 de David, rodeado pelos frades que choravam e não queriam deixá-lo sózinho.
Com o passar do tempo, o som da sua voz foi perdendo a intensidade até que emudeceu inteiramente.
Os seus lábios fecharam para sempre e foi cantando, que entrou na eternidade.
DEUS infinita bondade, ainda permitiu uma última saudação ao seu humilde cantor.
Por cima da sua cabana e ao redor, o espaço foi ocupado por um sonoro e imprevisto coro de vozes de todas as aves, que em profusão e admirável alarido vieram cantando dar-lhe o último adeus.

Oração de João Paulo II a São Francisco
Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti qual imagem de Jesus crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos trespassadas e implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo poder do Evangelho.
Ajuda Francisco,
os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado
e a procurarem a sua purificação na penitência.
Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas do pecado,
que oprimem a sociedade de hoje.
Reaviva na consciência dos governantes
a urgência da Paz nas Nações e entre os Povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida,
capaz de contrastar as insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar.
A todos os crucificados
pelo sofrimento, pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança.

Amém.
 *

Continuamos na procura e compreensão… acaso não seremos nós as aves?

2 comentários:

  1. Vamos todos envolver-nos nesta alegria de FRANCISCO, e na expansão do nosso Universo Crístico.

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  2. seremos aves porque temos liberdade de pensamentos mas há sempre algo que nos impede de voar, cabe a cada um de nós procurar a nossa Paz para ser Feliz!

    Bjs
    Lurdes

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